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Iniciativa em Maringá (PR) une Igreja e Estado na superação da violência

Iniciativa em Maringá (PR) une Igreja e Estado na superação da violência

Uma iniciativa entre a Arquidiocese de Maringá e o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) vai ajudar a mediar conflitos interpessoais e contribuir para a superação da cultura da violência. 

O ‘Espaço Pacificar’, inaugurado no último dia 28 de março, na Paróquia Divino Espírito Santo, em Maringá (PR), tem parceria com o Programa ‘Pacificar é Divino’ do TJ-PR, e vai acolher o ‘Projeto Somos Todos Irmãos’ da arquidiocese.

A união do programa do TJ-PR com o projeto da arquidiocese, vai contribuir na mediação de conflitos em fase pré-processual, ou seja, casos que ainda não se transformaram em ações judiciais.

O Programa ‘Pacificar é Divino’ desenvolve ações conjuntas com instituições religiosas do Estado, com o objetivo de difundir a cultura do diálogo e da conciliação, e evitar o ajuizamento de ações e já formou mais de 200 pessoas para atuarem como facilitadores de resolução de conflitos no âmbito do programa.

Em Maringá, o projeto está sendo articulado pelo Grupo de Diálogo Inter-religioso (GDI).

O advogado e leigo católico Alberto Abraão, um dos idealizadores do projeto e membro do GDI, destaca que a iniciativa é uma resposta à Campanha da Fraternidade de 2018.

“Motivados pela Campanha da Fraternidade, nos precisávamos dar uma resposta enquanto Igreja e cidadãos, a essa necessidade de superação da violência e das questões judiciais que existiam. O objetivo do projeto é que nesse espaço da igreja, a partir do nosso exercício e compromisso ético-cristão, tendo como valores fundamentais da nossa religiosidade, a amorosidade, o diálogo e o perdão, exercitar esse compromisso para prevenir e diminuir, a partir da paróquia e da população alcançada por ela, esses processos na Justiça”.

Para Abraão, no exercício da espiritualidade cristã e da resolução do problema judiciário, o projeto pode fazer “com que se irradie a superação dessa cultura mais conflituosa que hoje permeia a sociedade, para uma cultura de pacificação”.

Já a união entre Estado e a Igreja é vista como positiva pelo advogado, porque permite promover valores que contribuem para o bem da própria sociedade. “A litigiosidade existe hoje em função do materialismo e da cultura do consumo, então essa união permite que a Igreja transfira para o Estado, entendendo que o Estado são todas as pessoas, uma espiritualidade comprometida com a paz”, assinala.

Como vai funcionar?

Voluntários capacitados e credenciados junto ao Poder Judiciário vão atender semanalmente pessoas que precisem de orientação para resolução de conflitos interpessoais de justiça individual de natureza familiar, patrimonial e de ofensa moral – questões familiares; com vizinhos, e com outras pessoas decorrentes de descumprimento de violação de direitos; conflitos interpessoais de justiça pública caracterizado como crime de pequeno e médio potencial ofensivo; conflitos interpessoais de justiça institucional por violação de direitos fundamentais.

Já o atendimento de conflitos interpessoais de justiça pública e de justiça institucional terá início seis meses após a inauguração do ‘Espaço Pacificar’ para orientação e encaminhamento aos órgãos públicos ou entidades competentes para atender a questão reclamada.

O atendimento é gratuito e será realizado às terças-feiras, das 19h às 21h, na Paróquia Divino Espírito Santo.

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Com informações da Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Maringá.