A igreja de São Domingos, localizada no Terreiro de Jesus, no Pelourinho, em Salvador (BA), foi reaberta depois de dois anos e meio de reformas. O espaço, que data do século XVIII, já estava fechado há 22 anos, sem acesso de visitantes.
Sob os cuidados da Venerável Ordem Terceira de São Domingos de Gusmão, o templo precisou ser fechado devido ao risco de desabamento que a estrutura oferecia.
Na cerimônia de abertura realizada na última sexta-feira (18), o prior da Irmandade, Evilásio Bertoldo, celebrou a restauração dessa importante igreja para a comunidade religiosa. “Hoje essa Irmandade [Venerável Ordem Terceira de São Domingos de Gusmão] está em festa. 22 anos que nós esperávamos que esse sonho fosse realizado. Finalmente hoje se concretiza esse sonho: São Domingos volta à sua casa depois de ter peregrinado”.
O arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, destacou que o templo merecia ser devolvido aos fiéis dada a sua importância para a história da presença da Igreja católica na cidade. “Além de ser secular, é de uma beleza única. É com emoção que a gente vê a concretização de um sonho de mais de duas décadas para a restauração e eu tenho certeza que quem vai frequentar aqui vai fazer aquela experiência que os primeiros habitantes da cidade ou aqueles que conheceram essa igreja fizeram: admiraram a beleza de Deus através da beleza feita pela arte humana”, afirmou Dom Murilo.
A primeira Missa após a reabertura da igreja será presidida por Dom Murilo no dia 3 de dezembro, às 9h.
Segundo o padre Lázaro Muniz, pároco da Catedral Basílica e capelão da igreja de São Domingos, em breve a igreja passará a contar com diversas atividades para os devotos. “Estamos realizando reuniões justamente para começar, a partir daí, a criar novos caminhos, como catequese e cerimônias de casamento, além das atividades próprias da espiritualidade da Irmandade, que é a espiritualidade dominicana, como os encontros e os dias de espiritualidade”.
Ao longo dos dois anos e meio de restauração foram encontrados tesouros escondidos, como a pintura no teto da sacristia, que estava sob uma camada de tinta. Ao entrar na igreja, quem olhar para o teto da nave central poderá conferir uma obra de grande valor histórico: uma das pinturas do maior pintor brasileiro do período Barroco, José Joaquim da Rocha, que agora também está recuperada.
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Redação. Arquidiocese de Salvador (BA)