O nome de uma pessoa tem certa importância por fazer parte de sua identidade, é bom quando somos chamados pelo nosso nome, nos sentimos bem e acolhidos.
A jovem de Nazaré, escolhida para ser mãe do Messias recebe um nome. Costumo dizer que no evangelho da anunciação ela recebe três nomes, a saber, um é dado pela sociedade: Maria, por este ela era conhecida pelos familiares e vizinhos; outro nome foi dado pelo anjo que a visita: Cheia de Graça, este, foi o nome que o céu lhe deu; o outro nome ela mesma se deu: Serva do Senhor. Além
Sobre a origem do nome de Maria não há unanimidade por parte dos teólogos e pesquisadores. Há uma possibilidade de que seja de origem hebraica, outra, de que seja de origem egípcia. Se for de origem hebraica, significa Senhora; se egípcia, traz como significado, Amada de Deus.
O evangelista Mateus cita o nome da Virgem por cinco vezes; Marcos, apenas uma vez; Lucas, que é tido como o evangelista mariano, o que mais fala sobre Nossa Senhora, cita seu nome por doze vezes; João não a chama pelo nome social, prefere chama-la de: mãe de Jesus ou de sua mãe. Fora dos evangelhos, o nome da Virgem aparece apenas uma vez, isso, no livro dos Atos dos Apóstolos quando faz referência a sua presença na comunidade, quando o Espírito Santo se manifesta entre todos.
Não nos custa lembrar que quando Maria visita sua prima Isabel, esta, a chama de bendita entre as mulheres e mãe do meu senhor. Como percebe, muitos nomes lhe foram dados, mas todos nos faz entender que ela não era uma mulher qualquer, e sim, a mãe do Salvador.
Vinte séculos se passaram, e a Mãe de Deus ainda hoje continua ganhando muito nomes, já se falam em mais de mil títulos, e todos eles vão se caracterizando como nomes para a Virgem.
Estes títulos fazem alusão a vida de Maria e a sua missão. Quanto ao que tange sua missão, destacamos: Mãe de Deus, Mãe da Igreja, Mãe do Salvador, Nossa Senhora e tantos outros. Outros
Os muitos nomes que ela recebeu e continua recebendo, manifestam a fé da Igreja e a criatividade da piedade popular de nossa gente. Para muitos ela continua sendo invocada, venerada, bendita com um nome que resume todos os já citados: Mãe. E este, tenho certeza que soa como uma doce cantiga aos ouvidos da Mãe de Deus, e é com este que preferimos chama-la.
Nossa Senhora de muitos nomes, rogai por nós!
***
Diretor da Academia Marial de Aparecida
Missionário redentorista, graduado em Filosofia pela PUC-Campinas e Teologia pelo ITESP. Foi Prefeito de Igreja do Santuário Nacional de Aparecida, de 2011 a 2014. Desde 2015 atua como diretor da Academia Marial de Aparecida, onde realizou dois Congressos com os temas: “ICONOGRAFIA DE APARECIDA – A Teologia da Imagem”, em 2015, e “Maria na Liturgia e na Piedade Popular”, em 2016. Prepara para este ano um novo Congresso para celebrar o Jubileu de Nossa Senhora Aparecida: “Aparecida: 300 anos de fé e devoção”. Ainda pela Academia Marial organizou os livros: “Maria, trono da sabedoria”; “Iconografia de Aparecida”; “Maria na Liturgia e na Piedade Popular”, com previsão de lançamento para agosto de 2017. Ministra palestras sobre Liturgia, Espaços Litúrgicos e Mariologia.