Com a solenidade Jesus Cristo, Rei do Universo, encerra-se o Tempo Comum (34 semanas), assim como o Ano Litúrgico.
Esta foi a motivação que nos levou a elaborar o projeto de uma casula que fosse digna desta festividade: A Casula Cristo Rei.
Essa casula não poderia ser, de modo algum, apenas bonita, criativa, com bordados e apliques desprovidos de significado. Para a celebração de tão grande solenidade, os paramentos devem ser significativos e liturgicamente corretos. A inspiração e fundamentação foram extraídas dos textos da liturgia da “Exaltação da Santa Cruz”, “Celebração da Paixão” e da solenidade “Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo”.
O Filho Jesus, enviado por Deus, anuncia um reino. O Reino de Deus. Reino do céu. No diálogo com Pilatos, Jesus afirma dizendo: “O meu reino não é deste mundo”.
Mas Pilatos quer saber a verdade que se encerra naquele estranho personagem que está diante de seu trono: “És tu o rei dos judeus?” A cena do julgamento de Jesus se transforma em cena da revelação do rei. A majestade de Jesus de Nazaré, o rei que reinará da cruz (Jo 19,14-19).
A salvação passa pela cruz. É na cruz que Jesus realiza sua entrega total. Cruz..espinhos..cravos e chagas. Na cruz, a autodoação de Deus chega ao seu termo, ao seu pleno cumprimento.
Jesus transformou a vergonha da cruz em fonte de salvação. Segundo o evangelista João, a Cruz é o trono do Rei Jesus. Sua glória se manifesta na Cruz. Coroa do Rei.
Contemplando a Cruz, vemos aquele que nela se entregou por amor. “A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi Ele que nos salvou e libertou” (Antífona de entrada da missa da Exaltação da Santa Cruz).
Capa de Asperges Cristo Rei
Além da Casula Cristo Rei (Festiva, dourada com bordados reluzentes), CORDIS desenvolveu também uma Capa de Asperges e Véu Umeral seguindo o mesmo conceito.
A capa, porém é de cor vermelha, própria para ser usada na celebração da paixão na Sexta Feira Santa. Sugestão: Juntamente com outros ministros, o presidente da celebração entra vestindo a Túnica Conventual (cor cappuccino) cobrindo-se com o capuz, em silêncio e prostrando-se diante do altar desnudo. Terminado esse ritual de adoração, descobre a cabeça e veste a Capa Cristo Rei (vermelha) e segue até o fim da celebração.
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Texto escrito por Pe. Ernandes Samuel Fantin, diretor do Grupo CORDIS. Referências: O pão nosso de cada dia – Subsídio Litúrgico catequético diário, ano XIX, nº 160.
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